SERÁ QUE MEREÇO AMOR?
Estão estes dias a rolar no tempo.
Estão os amores que não sorvi.
Estão os momentos de paz e amor.
Estão as promessas de um mundo melhor.
Muito mais do que mereço
estão ainda as medalhas a ganhar.
Nesta olimpíada de haveres
haja fôlego para amar.
Nascem os calores de manhã
e o prata lunar quando noiteia.
Mas, será que mereço apreciar?
Ébrio, sóbrio, pórtico! Quem sou eu, afinal?
Avanço o sinal e o tempo abalroa
meus sentimentos mais azuis.
Na encruzilhada, uma pinga, um charuto...
e uma vela sem cor.
Saravá!
Será que mereço amor?