Viajante do Tempo
Não devo estar tão longe das verdades,
Serei eu espectro das próprias realidades?
Cubro-me de retalhos feita da alegria das flores,
Fiz ponte aérea das idas e vindas de amores.
Meu norte foi tão longe a se perder do berço
Ao ponto de alcançar estrelas num céu aceso.
Não estou no seio do vulcão mais sou o fogo.
Das maiores paixões que me tomou de logo,
Fez-me tremer as carnes tanto aconchegos.
No mapa do corpo château...vão-se os verbos
Cidades misteriosas e fronteiras de domínios.
Não sou a luz da ribalta nem a fé dos monges.
Sou foguete que passa forte nos horizontes.
Sou a vida numa explosão de desejos e sinais,
Sou a natureza viva a eclodir nos quintais,
A força magnética, equilíbrio entre mortais,
Sou o tempo correndo livre dos tribunais.