TRAUMAS DO MAL

TRAUMAS DO MAL

 

Poderia ser algo bem engraçado,

Mas eu vejo uma xenofobia doente,

Dos que detestam o próprio legado,

E tratam a todos como indigentes.

 

Vejo descendentes de um rei louco,

Como fossem Leopoldo ou Calígula,

Mas não sabem que brincam com fogo,

Pois não aguentam nem uma briga.

 

Ficam como cães raivosos de medo,

A dizer que todos estão errados,

Com a pretensão de impor seu credo,

Mas não têm a noção dos pecados.

 

Todo aquele que idolatra a fortuna,

É escravo de sua própria ganância,

Pois as suas loucuras não curam,

Mesmo quem não morreu na infância.

 

Serão traumas do mal que peleia,

Ou será que a verdade é jocosa,

Pois eu sei que a dor serpenteia,

Onde há ódio ao poeta e à prosa.

 

Não quero banquetes com o Demo,

Pois não desejo mal ao pródigo,

Quero apenas viver o meu tempo,

Quando digo dum fim tão lógico.

 

Quero apenas amor e convívio,

Pois os dias não voltam jamais,

E os erros que deixo no livro,

Peço a Deus o perdão, nada mais!