Uma Parada Naquela triste e lendária madrugada, Ele nem disse nada, nem sorriu, nem indagou. Mas pensou, ousou, tocou nas faltas. Quando viu estava em seus braços, Quando viu já era claro o dia e chovia, Quando viu a madrugada se repetia E o sol lá fora apareceu, despontou. A rua dormiu em pesadelos no passar dos dias, A visão fria da ausência tinha sabor amargo, Não havia um forte nem tão pouco um fraco, Apenas uma madrugada, uma rua, uma parada; Uma estação que, a muito, tinha sido abandonada.