A Casa da Saudade

 

Relíquias pela casa, por todos os cômodos.

Pingos de saudade que saltam aos olhos ,

Há flores mortas caídas nos móveis esquecidos,

Secam o rosto molhado, relicários.... perdidos.

 

As relíquias das paredes falam diante passadas

Sinto sementes verdes que brotam da garganta,

Pedaços inócuos de desejos fartos, caducam.

Caminham pelos corredores e resmungam.

 

Uma cadeira vestida da mesma saudade range,

Nela está um corpo com cheiro forte de almíscar

A ler um livro de páginas a muito desbotadas

Hora da pausa onde guarda a saudade, a tange

Longe sentimentos que na alvorada irão voltar.

 

São os devaneios, osborne não óbvios da vida,

Carpetes descoloridos contam dos ancestrais.

A chuva incessante, o calor intenso, o frio;

Lareiras, chás, biscoitos e verdades.

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