Escombros da Alma

 

Não serei um vazio numa multidão,

Não andarei pelos escombros da minh'alma

Na trova sangram os meus gemidos

E na negra noite a desalmada solidão.

 

Não dedilharei nota por nota os meus medos

Nem em livro aberto estarão os meus segredos,

Planto o pranto no prado conto e saiu ilesa

Os saltos de ferro marcarão os passos.

Sempre, eternamente serão acesas.

 

Não dobrarei a esquina sem olhar os lados,

Vários desertos assolam a terra fértil,

O campo precisa ser arado, destroços retirados,

A vontade será atrevida, ousada e viril.