Fome do Imagético 

 

Estou a todo tempo a viajar em mim,

Estou em busca de algo despojado enfim.

Em uma parte quebro-me, em outras o fim,

Não me calo no nefasto desejo do confim.

 

Estou inquieta falta arte, enlace, um porvir.

Será que me reparto do eu que quer existir?

Estou entre os versos, as músicas e o ir,

Sou o teclado, o êxtase, a fome a emergir.

 

Sede, Sede de tudo que desconheço,

Encontro-me com a arma nas mãos.

Vem o dia, chega a noite e eu na busca,

Algo estigante na escrita imagética.