O Veneno
Os seus braços tocou a saudade,
Olhos foscas e sem nenhuma verdade,
Dormiu o tempo no seu eu inteiro
Nenhum momento de sobriedade;
Pérfida indgnação ao cair o sombreiro.
Calos, casos, tronco, trono derrubados,
Um lapso, um frasco de veneno regados,
Olhares fúteis, descasos, o que parecia
Nunca foi no leito posto e nem devia,
Era um engano sórdido, febril me via.
Deitei na grama as mãos que paria
Aquele sentimento atroz que servia
De alvoroço na alma fria e sombria,
Acidez na entranha de quem se perdia.