Mentiras
Oi!
Como vai você?
Faz tempo que não nos falamos
Sei que não concordamos
O tempo que sinto
Não sente você
Mas, sejamos francos
Faz tempo que nos afastamos
Lembra de quando eu dizia
Que você pouco queria
E que chegaria o dia
Que já não saberia de você
E você me repreendia
Alegava não o ser
Proferia as palavras
Que me faziam crer
Estar eu enganada
Que certo estava você
E olha pra nós hoje
Dá para matemática resolver
Contando as palavras
Que me entrega você
Limites que deviam diminuir
Barreiras fizeram crescer
E pouco a pouco
Levaram você
Lembra que no início
Bastava um som fazer
Um ao outro buscava
Na vontade de se ter
Cada instante era pouco
Ficávamos feito loucos
Desejando o anoitecer
Hoje tanto faz
Se é dia ou está a escurecer
Não há em você vontade
Cumpre apenas a sua parte
No tom da voz se revela
E assim vai se afastando
Me deixando na viela
Meio tonta
Exaurida
Dos devaneios dessa vida
Completamente perdida
Vivendo do deslumbre
Como quem da janela
No horizonte vê a vida
Cujas mãos feridas
Tenta segurar cada medida
O que ao fechar se faz escorrida
E fico eu assim sozinha
Fingindo ainda o ter
Pois é...
Talvez pense que eu não saiba
Mas só finjo não saber
Por Medo
Covardia
Sigo sem você
Finginto ainda o ter