POESIA E MESA FARTA
POESIA E MESA FARTA
Certo dia acordei com a rima,
Que estava imersa a dormir,
Oculta na vinha da esquina,
Numa tina que logo antevi.
Não guardei a última rolha,
Nem bebi seu último gole,
Mas comi salada de folhas,
E a sobremesa foi rocambole.
Mas enquanto a mesa foi farta,
Sorvi do mel, com queijo e pão,
Falando das doninhas e martas,
Com um assado no fogo de chão.
Teve costelas e lombo suíno,
E os sonhos fluíam na poesia,
E a boa massa foram servindo,
Para o deleite da freguesia.
Houve um bom queijo parmesão,
Ralado e cortado em pedaços,
Teve até um bom requeijão,
E queijo coalho com melaço.
Tudo era bom para a poesia,
Que se farta com boa comida,
Para o final ser de alegria,
Com café quente e na medida.