Passos da Almada
As feridas marcadas então fria alma,
São ínfimos de um viés que espalma,
Instalam nas mãos, dedos em lamas,
Seres inquietos, sem a paz inflamas.
Muitos estrados secos e empoeirados,
Íngreme sonhos e tantos enferrujados,
Estradas sem portas, pés sem sapatos
Gritos na entranha, Deus nos serrados.
O árduo tronco do peso, impotencializa
O deserto arenoso por demais crucifica
Longa tal caminhada e não se verbaliza
Há feridas, está, mas o destino justifica.
Por detrás montes a descortinar a vida.
Fazendo atalhos preciosos nessas fincas.