Pela Vidraça

 

Vislumbro pela vidraça a passagem do tempo

A anos sento-me na mesma cadeira de balanço

Tudo parece acelerado, os dias passam rápidos

Parece que tudo se repete, tudo que já foi laço.

 

O sino da igreja, vendedor de pomonha, de ovos,

Carros velozes carregados de carpetes coloridos.

Nem todos os dias são bons, há aqueles fúnebres

E a romaria segue o enterro fazendo o seu social.

Outro se aprochega, pura curiosidade ao fatal.

 

Tem os casórios que alegra a rua de véus e fatos

Há o carnaval com suas fantasias, músicas e atos,

Também Natal, Ano Novo no calendário da vida.

Vislumbro pela vidraça a hora da minha partida.