O Cair das Máscaras
Olho-me nos grandes espelhos da vida
Na translúcida estrada asfaltada ou íngreme
E vejo que o momento pede conscientização
O relógio quebrado, não me deixa perder a hora.
Olho-me nas passadas lentas dos anos, anos....
Quantos anjos estão por aí abandonados
E em colchas de cetim dormem os malvados,
E a contabilidade? Fechou a conta no vermelho.
É tênue a linha que separa a imagem mascarada
Daqueles que saem a rua soltando as máscaras,
Há um momento em que os ponteiros lembram
Que a forte ambição descaracteriza a razão,
O ético está fora do contexto, está nas prateleiras.