SINGELA
Não mais haveria
de dar ouvidos,
ou simples laivo
de atenção
às vozes loucas,
tênues percepções
de felicidade
no permeio das
multidões.
Ela queria
não era
contigente,
apenas conteúdo,
gente consigo,
comigo,
um amigo
a lhe dar a mão,
levar-lhe no colo
... acariciar o coração.
No fim
era isso
que faltava:
pertencimento.
Não de todo mundo,
só um
acolhimento
a lhe tornar única
nas coisas pequenas,
minimamente singelas,
do tamanho infinito
de todo o seu mundo.