SINGELA

Não mais haveria

de dar ouvidos,

ou simples laivo

de atenção

às vozes loucas,

tênues percepções

de felicidade

no permeio das

multidões.

Ela queria

não era

contigente,

apenas conteúdo,

gente consigo,

comigo,

um amigo

a lhe dar a mão,

levar-lhe no colo

... acariciar o coração.

No fim

era isso

que faltava:

pertencimento.

Não de todo mundo,

só um

acolhimento

a lhe tornar única

nas coisas pequenas,

minimamente singelas,

do tamanho infinito

de todo o seu mundo.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 20/01/2023
Código do texto: T7699576
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