CÍCLICOS
Nas terminações,
nervosas ou dos tempos,
haverá um novo ciclo,
Outro trem,
descendo a serra
como nova música
de estação,
que se encerra
em trilhos e trilhas
da composição.
Somos ânsia de renovação,
pulsamos em veias
restauradas
o sangue e os rios
correm com seus fluídos
do amanhã.
Desejo de regresso,
ou desterro,
após encontro com seus oceanos.
Os mares os esperam
quem sabe seus naufrágios,
os amares são os leitos
de cada curso,
ou decurso,
dos desvelos ...
desvarios
onde dormem os presságios.
Pousamos
sobre travesseiros
do porvir,
e sonhamos
o que ainda não se sonhou,
porque sem um novo ciclo
somos apenas o pó
da fatigante estrada
que clama por
uma nova passarada.