Manchas de Vinho

 

Uma noite manchada de vinho,

Um lençol molhado, suor e ninho.

Mão na taça e marcas do caminho,

Domingos num todo sol sozinho.

 

Na boca as uvas e nas vinhas o chão

A noite o vinho com sabor de tensão

O líquido mancha a poesia com razão.

São marcas do passado e um coração.

 

Nessa difusa e incógnita interrogação

Onde está o começo e o fim da paixão.

Mesa posta, candelabros e pressão

Das marcas momentos, sabor e tesão.