VIVÊNCIAS

Saudades tenho

dos tempos

das presenças

despossuídas

das futuras

ausências.

A vida era só

o ótimo,

de átomo

em átomo,

brincávamos

com seus átimos,

múltiplos,

como se fôssemos

íntimos,

como se fossem

os últimos.

Desconhecíamos

as marcações de relógios,

nos bastavam os

ponteiros daqueles ócios.

Sabíamos

das horas

nas vozes

de almoço, ...

do dormir,

que

ventríloquos

desvelos

emprestavam

às mães.

Não entendíamos

essas premências,

já nos alimentavam

permanentemente

da invisibilidade

dos amanhãs,

os sonhos,

infindos,

diariamente se apropriavam

das nossas vigílias

Para que leito

melhor

que o horizonte ?

Dele bebíamos

à luz dos olhos

e nos embriagávamos

no quarto escuro da

da imaginação.

Saudades

daqueles tempos.

Andávamos

descompromissados

do existir,

apenas

nos ocupando

em viver.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 05/01/2023
Código do texto: T7687853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.