VIVÊNCIAS
Saudades tenho
dos tempos
das presenças
despossuídas
das futuras
ausências.
A vida era só
o ótimo,
de átomo
em átomo,
brincávamos
com seus átimos,
múltiplos,
como se fôssemos
íntimos,
como se fossem
os últimos.
Desconhecíamos
as marcações de relógios,
nos bastavam os
ponteiros daqueles ócios.
Sabíamos
das horas
nas vozes
de almoço, ...
do dormir,
que
ventríloquos
desvelos
emprestavam
às mães.
Não entendíamos
essas premências,
já nos alimentavam
permanentemente
da invisibilidade
dos amanhãs,
os sonhos,
infindos,
diariamente se apropriavam
das nossas vigílias
Para que leito
melhor
que o horizonte ?
Dele bebíamos
à luz dos olhos
e nos embriagávamos
no quarto escuro da
da imaginação.
Saudades
daqueles tempos.
Andávamos
descompromissados
do existir,
apenas
nos ocupando
em viver.