Dedilhar do Domingo
A tempo venho observando a vida
Ela me dá febre e calafrios.
Tem dias que o relógio não anda
Um desejo de voltar a ser criança.
A boca está salobre, amarga, seca
Penso em mandarim e choro de frenessin
Há dias que vômito verdades e outros,
Outros como mentiras e me engasgo.
Há dias que a história encerra
E outros que há desarranjo na pauta.
Há momentos que cala a tristeza
E outros que a tempestade levanta.
No teclar do piano pesa as notas.
No dedilhar do domingo acordo,
Acordo a segunda com portas....
Espero a cortina fechar o drama.
Hoje alguém muito importante disse-me está cansado. Eu falei pra essa pessoa que não é só ele "as vezes" a se sentir cansado. Expirando-me no seu sentir que em dado momento pode ser o de qualquer um , fiz esse trabalho.