MEUS VENTOS

Quem fui?
Eu fui a luz da aurora
que, alegremente,despontou.
Eu fui a símplice florzinha
que, mansamente, no jardim, desabrochou.
Eu fui o vento do ontem,
desaparecido nas malhas do tempo...

Quem sou?
Eu sou a estrela cadente
que, velozmente, atravessa os céus!
Eu sou a alma solitária
que, esperançosamente, anseia carinhos teus!
Eu sou o vento do hoje,
emaranhado nas lidas do cotidiano...

Quem serei?
Eu serei o impetuoso rio
que, ansiosamente,procura o mar?
Eu serei a eterna noite
que, inutilmente, espera o dia despertar?
Eu serei o vento do amanhã,
temente às incertezas do futuro?...

Quem fui? Quem sou? Quem serei?
A quem estas indagações importam,
com certeza?
O que realmente tem sentido,
não são os três ventos perdidos,
mas sim, que sempre amarei
a Deus, a ti e a natureza!

Denise Severgnini
07/12/2007
13:39

MOTE
O que o vento não levou, Mário Quintana