SÍNDROME DE ESTOCOLMO
As insônias
e os poetas,
parecem costurar
simbioses
com agulhas
de madrugada.
Se aos segundos
cumpre
o papel de refém,
as primeira
procrastinam o resgate.
As horas apenas expectadoras;
a manhã,
acontecimento inevitável,
a cobrar suas dívidas
em sonolentas prestações;
O sono,
eterno paciente,
medicado,
por ora,
com a figuração
que a vigília lhes prescreve.
E os sonhos,
onde ficam?
Tardios,
mas nunca
relegados,
aguardam o momento
oportuno da passagem do bastão.
No final,
não há derrotados,
há criadores,
e criados,
não necessariamente
nesta ordem,
e a promessa de
novo encontro
em algum lugar
da notívaga
e indisciplinada inspiração.