NAS QUADRAS DO TABULEIRO

NAS QUADRAS DO TABULEIRO

 

Estamos num bar ou restaurante,

Mas o que servem são ideologias,

E só lamentam de tudo adiante,

Sem entender uma democracia.

 

Todos os tipos de governança,

Vão desgastar o meu novo bispo,

Ou meu cavalo vem para dança,

Dando seu ele de modo arisco.

 

Sobraram peões, embora já mortos,

Ao lado das quadras do tabuleiro,

Enquanto as torres em modo torto,

Dizem que Pisa já foi atoleiro.

 

Ainda ficaram o Rei e a Rainha,

Mas apenas ela é pra conquista,

Porque galo velho foge da rinha,

Por causa do xeque no analista.

 

Disseram a ele que já perdeu,

Mas acreditar ele não consegue,

Porque o defeito de todo ateu,

É que não sabe da vida que segue.

 

Alguns vão buscar na autocracia,

Todo direito de substabelecer,

Mas o capital lhe tira de bacia,

A liberdade e o motivo de ter.

 

Serás só escravo no modo servil,

Terás tão somente cebola e pão,

Sem o bom vinho do homem gentil,

De quem foi tirado até a ilusão.

 

Foi no comunismo que nunca existiu,

Que plantaram o ódio pela igualdade,

Por causa dos donos de terra e cio,

Que nos imputam as suas verdades.

 

Somos enganados de dia e de noite,

Em toda estação de verão ou de trem,

Mas se essa luta for contra o açoite,

Que cada parada nos sirva de amém!