Voos Livres

 

Nos compêndios dos anos atrevidos

A alma jovem se joga em abismos,

Em voos livres, não pensa, só se solta.

O mundo é vasto, compensa ser altivo

Assim amanhece e o dia claro volta.

 

Quando a vida vital se recria no tempo

Não tem temporal, tufão e nem lamento.

Tem um desbravar de energia e sentidos,

Expansão vital, corpo em total movimento.

Há ressaca, somas de prazeres e encontros.

 

Em tudo que a noite chega o sereno preza

Um dia o mar em calmaria trás a natureza.

E o voo agora é contemplar a existência fria,

Lembranças vivas, quentes que não sentencia

O prazer de existir renasce de outras formas.