Sede Perene
Há uma sede incessante de falar de amor,
Amor um líquido que escorre pelos sulcos,
Pelos poros, rios, pela minha alma em cor.
Que avança pela terra úmida, pelos cedros.
O amor... que fala no silêncio do meu corpo,
E que busco arduamente nas ruas desertas
Dorme lá fora levado pelo tempo sombrio.
Arranco-o pela raiz ou o abraço?
Lembrar é ser escravo, é se perder no outro,
Não achar o caminho da volta, não está em si .
Esquecê-lo é perder parte de mim,
É deixar de sonhar seu existir, é perder a rota.