Berço dos Braços
Rendo-me aos encantos dos olhos da terra
Ao brocado das bromélias nas estradas afora.
Toco o dedo do mundo, a voz entrego ao vento
E no berço dos braços nino o tempo santo.
Teço no terço a dor do universo e a esperança
Que em cada manhã levanta o homem criança.
Há no carrocel da vida muita aventura e volta
Muito céu , mel, fel, papel aquarela e pimenta.
De tudo tem um pouco na maçã dos amores
E nos dedos de Deus a contemplação dos seres.
No meu ser nasce um deserto, nasce um vulcão,
Nasce um oceano e um refrão que calça o chão.