Manancial

 

Manso é o rio que viaja em minha alma

Que corre suave até quando deságua

Esse riacho me cabe, sinto-me calma

Entre florestas fechadas sigo sem mágoa.

 

O vento forte descabela o meu ser

Mas não tira o desejo do meu bem viver.

A cada braçada ou na remada da vida

O rio da minh'alma lava minhas feridas.

 

A fonte do querer jorra águas cristalinas

Deixo-me tocar, mergulho nas cabeceiras,

Sou as cachoeiras a bailar vindo do alto

A certeza da queda livre num belo salto.