Sede Ardente

 

A muito meus olhos cansados olham o horizonte

Eles buscam um vulto no meio a neblina tenra.

No meio ao sol do meio-dia da desejada terra,

Da porta entre-aberta, da sede ardente.

 

O sentimento ainda não desbotou na memória,

Tudo foi escrito com fio de ouro e muita astúcia.

As mãos postas ao corpo veio e marcou a vinda,

Mas ao sair perdeu-se com o fardo da dúvida.

 

Pelos corredores do tempo silencioso, o cheiro

Vindo das madrugadas atrevidas do tesouro,

Do amor trazido pelos passos de um gigante,

Foi o senhor dos lúdicos sonhos, o amante.