Resplendor e Altivez

 

É tarde nos olhos cansados da terra

Nos meus passam uma neblina tenra.

Ainda consigo ver o gramado, as mãos,

O colo frio das ausências, são os vãos.

 

É cedo nos vivares dos oceanos azuis,

É cedo pois escuto Beethoven nos anis

Nos céus velozes que correm lá por Paris

Que se agregam aos meus momentos febris.

 

Serão rompantes desejos, alçarei, 

Voos noturnos a contemplar netuno, verei

Quão belo é ser eterno desde o ventre, serei

Os anos trazem a mim o seio o qual beberei.

 

Da essência dos campos, da magia estrelar 

Lá onde existem vidas em abundância, estarei,

Viajarei sobre os mares, sobre a luz do luar,

A exuberância do sol jamais temerei.