ÚNICO EM MEIO ÀS ESTRELAS

ÚNICO EM MEIO ÀS ESTRELAS

 

Sempre houvera milhões de planetas,

Que apenas gravitam em torno de sóis,

Mas sou único em meio às estrelas,

Como as conchas com seus caracóis.

 

O mar sempre terá peixes e bichos,

Mas na carapaça só cabe um corpo,

Pois esse lugar tem fé e capricho,

E as tartarugas são tempo absorto.

 

Em toda Galápagos a vida é prosa,

E guarda segredos se está isolado,

Pois somos apenas o pólen da rosa,

Que vive ao vento querendo pecado.

 

Nós somos os frutos de dor e amor,

Mas pode ter sido de frisson e ódio,

Porque há razões em viés do clamor,

Que não se mostra num laboratório.

 

O mundo de hoje já foi labareda,

Ou um mar de magma, como um astro,

Mas tudo muda se houver um cometa,

E mil meteoros vierem no rastro.

 

A vida que nasce vai sempre morrer,

Mas vai maturar se for bom o pasto,

Ou quando o sol perdurar a nascer,

Em cada manhã, como um beneplácito.

 

Humanos de agora já foram macacos,

E somos irmãos de cada morubixaba,

Só não há azar em sermos os fracos,

Se ele é forte ou é lider da taba.

 

O que precisamos é ter paz e união,

Sem idéia maluca de terraplanismo,

E ver que o planeta não é ilusão,

Ou só leitura de mão que preciso.

 

Deus nunca escreveu e nem se mostra,

E quem quer a Deus deve ter atenção,

Porque são os detalhes de uma horta,

Que nos dirá quando é soja ou feijão.

 

Sentindo a Deus, serei parte de tudo,

Como se eu me vestisse de Antares,

No brilho que vibra em cada absurdo,

Que é ser a luz diante de altares