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INTERAGINDO COM FLORBELA ESPANCA

   Ao Soneto: 

 

              MINHA CULPA

                             Florbela Espanca

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem

Quem sou? Um fogo fátuo, uma miragem...

Sou um reflexo... Um canto de paisagem

Ou apenas cenário! Um vaivém

 

Como a sorte: Hoje aqui; depois além!

Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem

De um doido que partiu numa romagem

E nunca mais voltou! Eu sei lá quem?

 

Sou um verme que um dia quis ser astro...

Uma estátua truncada de alabastro...

Uma chaga sangrenta do Senhor…

 

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados

Num mundo de maldade e pecados

Sou mais uma nau; sou mais um pecador...

= = = = = = =

 

Do Livro SONETOS da Editora Martin Claret

 

       POR NÃO TER AMOR

                            Solano Brum

Sou tanto quanto sois... Um pecador!

Digo quem sou ao passar da aragem;

Ao sol nascente cheio de esplendor;

Ao fabuloso encontro d’uma miragem!

 

Sei bem quem sou... Entre a ramagem

De antigo muro, exponho minha dor!

Peregrino cumprindo a sua romagem,

Na busca ao Iluminado Nosso Senhor!

 

Sou mais que verme... Mais que astro!

Eu sustento o barco por ser o mastro;

Sou luz no fim d’um túnel ameaçador!

 

Sou tanto quanto sois... Desventurado;

Caminhante na vida... Um abandonado

Que lamenta o fado por não ter amor!

                         = = = =

CONVIDO A TODOS A INTERAGIR COMIGO SOBRE O MARAVILHOSO TEXTO POÉTICO DA INESQUECÍVEL POETISA.

 

ErivaslucenaCARÍSSIMA, É UMA HONRA TER-TE EM MINHA PAÁGINA. PARABÉNS E OBRIGADO

 

    SOU NADA

                  Erivaslucena

Eu grito o grito do grito

Eu falo a fala que cala

Eu choro o choro das fontes

Eu rio um rio de risos...

 

Eu canto o canto dos cânticos

Eu sopro o sopro da alma

Eu amo um amor desalmado

Eu piso num piso sem chão

 

Eu vivo uma vida invivida

Eu ando um andar sem andor

Eu sinto um sentir sem sentido

 

Eu finjo um fingir infigido

Eu clamo um clamor "inclamado"

Eu oro uma oração sem fé

Eu peço um pedido impedido

Eu sou o que sou, sou nada...

            = = = = = =

          Solano Brum

"Sou tanto quanto sois... Um pecador

Que lamenta o fado por não ter amor!"

                   = = = = = =

           

 

DOCE VALDOCE VAL... OBRIGADO CARÍSSIMA POETISA.

POR NÃO TER UM AMOR

            DOCE VAL

Sou da solidão..grande mercador

Em vesperais manhãs, as tardas alvoradas

Como padecente ouso pedir clemencia

Escondendo as pancadas feridas n' alma

 

Sou incerto... tal qual peregrino

Preso como se na mão tivesse algemas

Embora os pés livres sem amarras

Os percalços e dores existem apenas

 

Eendo condutor do meu destino... ou graça

Não quero chorar mais cântaros sozinho

Viver embriagado do mais barato vinho

 

Enquanto o sol se põe... a vida passa,

Hoje, ainda frágil como um passarinho

Derrubei as muralhas, voando, sai do ninho!

                       = = = = = = =

 

MEU CARO POETA SOLANO, não sei se este Soneto esta de acordo com tua expectativa! Não escrevo com métrica, ,apenas rabisco sentimentos! Muito obrigada pelo convite!...Beijos no coração ,paz e luz!

E como não? Eu também não escrevo seguindo metricas... tampouco  "construo" um texto, quando muito, apago aqui e corrigo ali, para não acontecer erros como Quiser e ser repreendido por um Poeta, com um "Quizer." Como se eu fosse um analfabeto. E ele sabe bem que errou e não veio visitar-me. Claro que foi um erro dantesco, mas,  foi na digitação quando não fiz as correções.  Tá perdoado, todavia, a palavra lançada é  como flecha,  não volta atrás. 

Quando do primeiro ano de Português Literatura, saí por não conseguir aprender a metrificação que já me arranhava desde o Ginásio.

Meus Textos, que todos dizem ser de Sonetos, são livres - Graças a Deus porque,  minha professora do Primario, disse: "Solaninho, (assim se dirigia a mim, carinhosamente) escreva o que lhe vem a cabeça... O Lirismo está no simples e a Poesia tem que ser simples. Nunca a esqueci." 

 

 

 

foto: Herculano Alencar GENTIL POETA HERCULANO...  QUANTA HONRA. OBRIGADO

 

      MINHA CULPA

              Herculano Alencar

 

Sou culpado, confesso! Sou culpado

Por todos os pecados desta vida:

Pelo desabrochar da margarida,

Não ter, o beija-flor, enamorado;

 

Pelo sol ir dormir enciumado,

Quando a lua aparece em pleno dia.

Pelo verso que rouba a poesia,

Bem antes do poeta tê-lo achado.

 

Sou culpado, confesso e reconheço,

Por ter o coração do lado avesso

Do lado em que o seu tanto sofreu.

 

Eu sou culpado, sim! Peço perdão

Por não saber ouvir seu coração

Quando fala baixinho para o meu.

                  = = = = = = =

 

Solano Brum INTERAGINDO COM O DILETO POETA HERCULANO

     

                 EU PECADOR

                         Solano Brum

 

Não sou culpado! Ela sim...  É pecadora!

Ou somos, porventura, dois culpados?

Eu, por ter tido a alma sonhadora...

Ela por ter sido de todos os namorados!

 

Gozávamos, numa fase da puberdade

Uma libido que de repente amadureceu!

E eu pequei mil vezes com essa beldade...

E ela, com outros mais, muito mais que eu!

 

O tempo voa... Vai direto ao seu porvir...

Como o vento, entre os roseirais em flor;

A nenhuma beija, jamais muda a direção!

 

Agora sei de minha culpa... Peço perdão!

Na juventude eu fiz chorar aquele amor

Que se entregara a mim sem nada exigir!

                    = = = = = =

 

 

Jacó Filho  RECANTISTA E MESTRE, PARABÉNS. OBRIGADO POR SUA INTERAÇÃO E AS DEMAIS. 

      EU PECADOR

                     Jacó Filho

Das armadilhas do sexo, fui prisioneiro,

Não culpo as mulheres, apenas confesso...

Libertei-me do álcool, e outros excessos...

Mas o corpo pede prazer e quer primeiro...

 

Deus dotou a fêmea de beleza e perfume,

E mil toques sutis de seduções e malícias...

Reforçando desejos, pra espécie, propícia,

Que Sabota a razão, se o destino nos une...

 

A idade moderou, mas o sintoma persiste,

Desfilando na mente silhuetas conhecidas...

Acesas pelo vento, de aventuras revividas...

 

Não passa com reza, ainda me deixa triste...

E pra findar a tristeza desejo uma atrevida,

Que invista na magia, pela idade protegida...

                         = = = = =

 

Solano Brum   INTERAGINDO COM MEUE AMIGO JACÓ FILHO

 

             DUAS AMANTES

 

                                      Solano Brum

 

Minha tristeza não é fato cerimonioso...

Chega e sai a hora que bem lhe aprouver!

Torna o meu dia sem luz e tenebroso,

Céu que se fecha; escuridão faz chover!

 

Minha tristeza, parece um prato insosso

Que, em vez de alimentar; me dar prazer,

É ácido sulfúrico que, corrói meu osso;

Minhas entranhas; bem como meu viver!

 

Ela chega, de mansinho, sempre à noite,

Como ladrão que, se não rouba, assassina,

Apresentando-me a saudade sua amante!

 

E me torno, entre as duas, um indigente...

Da saudade, uma força que desatina...

Da outra, pena imposta a grande açoite!

                      = = == =  = =

 

foto  RECEBO E AGRADEÇO MEU CARO POETA, PARABÉNS

 

        Edras José

(até) aonde fui engajeitada

A mais bela página;

As poetas que beijei,

Eem digo, imagina...

        = = =

         

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 20/10/2022
Reeditado em 11/01/2024
Código do texto: T7632039
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