Olhos Ausentes
Navega o meu ser num vasto mundo
Nas terras cobertas por manto úmido
Que fazem brilhar meus olhos embasados,
Que se ausentam tempos após anos cansados.
Há um cheiro especial de mata Agreste
Um caminho inteiro de flores silvestres
Que desperta a esperança pelos mangues,
Pelos campos, vales e caminhos quentes,
No desejo boiada no pasto e rio manso.
O calor escaldante e um chapéu de palha,
Espantalho vivo com um sorriso que talha
O leite no prato, o deserto nos olhos, a falha,
Planilha férrea, barco pesqueiro que encalha.
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