Novos Dias

 

Precisamos da plenitude voraz dos gestos,

Da valentia dos dias e do corujar das noites.

Arrebentem a vontade, destronem os fortes.

Lá do cume do medo façam valer os brados.

 

Corra o vento por entre os braços lentos

Levem leveza aos dias quentes e secos.

O céu da boca está molhado dos riachos,

A língua não descansa por entre os lábios.

 

As águas mansas do rio e seus afluentes

Levam anseios, maresias e a embriagues.

Nossas almas seguem pelas invernadas

Não estamos sós nas solitárias trilhas.

Em direção a estrela maior, iremos avante.