Caminhos
Pelas estradas do coração
Há caminhos quase invisíveis
Ocultadas em sentimentos
Omitidos em palavras
São caminhos sensibilizados
Pelas dores do passado
São caminhos entrelaçados
Nos espinhos emaranhados
Caminhos protegidos
Por precisarem assim ser
Já que no ontem
Os passos que o alcançaram
Feriram cada parte
Destruíram o crer
De vez em quando
Uma parte cede à você
Abre um pequeno espaço
Pra tentar te fazer
Adentrar por essa estrada
A mais íntima do meu ser
Pra que nesse tempo
Você possa
Toda me preencher
Talvez eu não escolha bem
Cada palavra
Talvez eu não saiba perceber
O momento de deixá-lo
Avançar em meu ser
Porque nessas tentativas
Ou falho eu
Ou falha você
Não avanças
Não me entendes
Não me sentes
E magoas o meu ser
Deita tuas palavras
No mais profundo
Invadindo o meu querer
Diz serem minhas insensibilidades
Insensível sem me perceber
Calo-me
Fecho o caminho
Guardo-me no espinho
E sigo
Sozinha
Ferida
Nessa estrada invertida
Que contraria
Desestrutura a vida minha