Verdades no Prato
Não sou Byron, não sou Florbela Espanca
Apenas jorra nas linhas o que a alma alcança.
Mergulho nos versos a minha esperança
Sou mato, concreto, rural e urbana.
Sou teatro, palácio, palafita, mulher sem drama.
Meus versos pedem passagem, querem ser.
Grito de saudade e de amor me faço morrer,
Na correnteza do eu vão as rimas e os brancos,
Vale cada estrofe sentida, parida em um canto.
Sou a mendiga na rua com as mãos estendidas,
Do mesmo jeito sou a mulher que pare a vida.
Ingrediente completo, o fermento a dá liga.
Dou ao teu universo o que ponho em minha lida.
Assim nascem meus poemas ousados e confusos,
Perdão não são perfeitos é a minha imperfeição.
A alma rasga o desejo no derrame dessa emoção.