Igarapés, Córregos e Ribeiras

 

Não sei se me entrego aos caprichos da vida,

Se danço fado, tango ou aceito a despedida.

O córrego acompanha o meu bailado louco

Nele fico leve num encantamento gostoso.

 

Os igarapés adoçam a minha alma solitária,

O rio longo e raso tem sido meu passeio do dia,

Muitas noites na ribeira a beber e dizer besteira.

São tantos dezembros sem ti ver na laranjeira.

 

Bem cedinho saio a cavalgar entre as bananeiras

Passo pelo rio e solto as minhas cachoeiras.

Aonde anda o frio intenso, o quentão e mais,

Aquelas conversas nas praça, as músicas do cais?

 

Acordo a saudade e ela embriagada estar,

Não diz coisa com coisa vai a rua ti procurar. 

Eita chamego safado, era em qualquer lugar,

A superlua a chegar bem perto pra abiudar.

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