TODO LAR, CADA VERA!

TODO LAR, CADA VERA!

 

Cada Vera requer meu respeito,

Desde o dia que nasci de mulher,

Como todo riacho quer um leito,

Sendo livre de um açude qualquer.

 

Não represem os rios e os lagos,

A não ser quando houver igarapé,

Pois as tribos querem os barcos,

Para ver como o oceano é mulher.

 

Porque tudo que gera é colo,

E o mar tem por mãe Yemanjá,

Como ao rio de Oxum eu imploro,

Que o mundo respeite meu lar.

 

Todo lar quer respeito ao casal,

Pois não há um melhor que outro,

E o homem não mais será maioral,

Onde há colo forjado em zigoto.

 

Sei que um dia a guerra irá acabar,

Pois nossa vida requer paz e amor,

Com respeito a quem souber comungar,

O que o mundo demonstra com a flor.

 

Mas eu creio que tudo é cultura,

Onde só vale o que soube aprender,

E cada verdade que alguém procura,

É o seu cabebal informal a dizer.

 

Só não queiram ser o absoluto,

Já que somos só grão de poeira,

No mistério do caos ou do luto,

Renascendo em pólen ou leira.