SAIAS JUSTAS

Eu me lembro do trem.

Da estação. Do apito.

Da fumaça branca.

Do maquinista

com quepe de polícia.

Dos olhares buscantes.

Das mãos trêmulas.

Respirares ofegantes.

Malas grandes. Atropelos.

Saias justas. Amantes.

E aquele som acompanhante:

talac...talac...talac...talac...

talac...talac...talac...talac...

Como era boa a vida no interior!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 06/09/2022
Código do texto: T7599921
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