O Viajante
O coração se agita no desejo de voar
Vive a meditar em busca de um olhar,
Terras longínquos, povos diferentes
Sentido vivo, diversificado e quentes.
Meu ser corre os bosques e desertos
Também vai aos montes nos invernos,
Nos alpes, nos rios, nos mares bravios.
Minha alma pede uma cama sem frios.
Vigio toda a noite, roubo o silêncio dela
Sou a chuva, a neve, a enxurrada, a tela,
Sou o redemoinho a atiçar a primavera.
Eis a vida! passa entre sonhos e quimeras
Inquietude d'alma de quem quer uma era
Sonhos inalienáveis em voos de asa delta.