Sonhos entre Copas e Orvalho
Sonhos com cheiro de mato e vida
Num rio largo com gente colorida.
Adentra a paisagem e entre as mãos
As folhagens douram forte emoção.
O azul do céu entre copas brecha
A terra molhada, o orvalho flecha.
O céu e terra os laços não cessam
Na noite o luar a todos encantam.
Vou até às barragens sinto-me além
A natureza é o jardim da casa também,
O vento uiva por trás das montanhas
Entre o rio Tigre e Eufrates há belezas.
Ao alcance da palma a pedra do ser.
Um lampião, casas próximas, laser
Música, pedra no alicerce do ninho.
Rocha, começo capaz e nicho.
Silêncio a compartilhar o vinho, o pão,
E a lareira. Ouço o cantar dos pássaros,
Catalogo todos os momentos mágicos,
Cada espécime e cada humano manto.
Cada essência nesse espaço traçarei
No plano, no planar das águias, verei
O revoar ágio da gaivota a reverberar
A minha alma repousada no sono par.