TRÊS POESIAS (II)

 

      CASA VAZIA

                Solano Brum

Volto de férias... Estive ausente;

Parece que passei mil anos fora!

A casa é um museu que apavora;

Não é a de antes a minha frente!

 

Quem a viu, antes de eu sair,

Com belas flores desabrochando,

Espanta-se por vê-la quase cair

Justo sobre quem está voltando!

 

Casa velha... Não, igual a minha;

Por amor deixei com ela, e agora...

Eis o que vejo qual assombração!

 

Assim ficou minha vidinha...

Com aparência triste, por fora;

Por dentro, um sofrido coração!

          = = = = =

Interação com a Poetisa MARISE CASTRO, na Poesia DE FEITIÇOS E MAGAFONES DE ACORDAR em 31/07/2022

 

      QUEM SOU EU?

                Solano Brum

Pela Providência, salvei os Hebreus; (*)

Vindo do sol, eu aqueço vosso Planeta;

Por minha causa, Oh! Pobre Prometheus!

Eu uni os corações de Romeu e Julieta!

 

Mas eu destruo o erguido há mil anos; (**)

Derreto o ferro; eu forjo o aço;

Venci a Guerreira e seus planos; (***)

Sou o “relâmpago” riscando o espaço!

 

Na mão do mágico, eu sou mistério,

D’uma centelha, promovo explosão;

Corro à noite, pelo chão do cemitério... (****)

 

Comigo, o homem mata, assa e come;

Para ver-me, Deus lhes deu plena visão

E quem me tem conquista ou passa fome!

           = = = = = =

(*) O Fogo que impediu as tropas avançarem sobre os retirantes de Moisés;

(**) O fogo que destrói em poucos minutos algo erguido há mil anos;

(***) A Jovem guerreira J D’Arc, que ansiava por uma nova ordem para a França, e,

(****) “Fogo-Fatuo” (Chamas impressionantes que aparecem nos cemitérios de tempos em tempos, azuladas, sobre a superfície.

         = = =

 

        TANAFOBIA

                   Solano Brum

“-Deus que me livre dessa sua morte!”

Não quero nem preparado estou...

Saio daqui, talvez, vá pro pólo Norte;

Nem deixarei recados pra onde vou!

 

Pobre de mim, que nada tenho,

“- Nem cachimbo pra deixar pra ela!”

Toda riqueza no prego do empenho,

Só do cinto, sobrou-me a fivela,

 

Que apertou meu ventre esfomeado,

Muitas vezes estando eu na solidão,

Roncou deveras pelo pouco que comeu!

 

Não tenho nada, pobre e desgraçado,

Quero distância dessa horrível aparição,

Pra nunca, nunca ter que lhe dizer adeus!

          = = = = = =

Versos enviados ao Poeta Herculano Alencar, para o seu Soneto O BEIJO DA MORTE. Em 29/jul/2022

 

TROVA

      Solano Brum

O acordo e a corda

E o mundo desabou...

Por dinheiro, acorda;

A outra, o enforcou!

 

Com um beijo a traição,

No romper da madrugada!

O meu osculo de paixão

Surpreendeu a minha amada!

        = = = =

 

Meu Mestre, sempre sua presença é uma honra em minha página. Aprendemos contigo (eu principalmente) e fico agradecido a Deus por tê-lo conhecido. OBRIGADO POETA

 

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MISTÉRIOS DA VIDA

          Jacó Filho

O fogo que nos dá vida,

Esse mesmo que nos queima.

A chama sempre erguida,

É o princípio que reina,

No plano espiritual

A Água tem luz igual,

Mas que não é percebida

Por quem em apagar, teima,

O fogo que nos dá vida,

Esse mesmo que nos queima.

                = = = = =

 

Deixo aqui meus agradecimentos meu caro Poeta, por essa Belíssima Interação.

 

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         CASA VAZIA

                       Poeta Olavo

"Quando algo é abandonado

Mesmo por alguns momentos

O coração fica decepcionado

Com tanto desalento." 

             = = = =

 

Ao meu Ilustre Poeta, meus agradecimentos pela linda Interação.

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TROVA - INTERAÇÃO

           Joaquim V F Filho

Temos na palma da mão

Na tela d'um celular

A excelente opção

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                 Solano Brum

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Com os Ilustres Escritores, 

Traz união e encanto,

Qual ramalhete de flores.

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Solano Brum

 

INTERAÇÃO AO POETA J F Filho

                         Solano brum

J D’Arc sofreu com os desmandos

Num período que ela enfrentou...

Mas seus ideais foram derrotados

No maldito fogo que a queimou!

              = = =

foto MUITO ME INVAIDECE, MEU CARO POETA, TER-TE EM MINHA PÁGINA, QUE A OFEREÇO A TODOS. OBRIGADO.

 

 DECÍFRAME OU TE DEVORO 

                Jota Garcia

Ele é um monstro terrível, insaciável.

Onívoro, devora tudo que alcança,

Inútil tentar feri-lo com uma lança,

Que ele a devore é o mais provável.

 

Em sua fúria, quanto mais come mais cresce,

Como uma peste, nada fica aonde passa,

Tudo some, como uma nuvem de fumaça,

Só depois de saciado ele adormece.

 

Vez por outra tem seus momentos de aventura,

Quando voa livremente pelas alturas

Acomodado pelas narinas do dragão

 

Mas apesar de seu temperamento quente,

Quando domado ele é tão inocente,

Aprisionado nas bocas de um fogão.

              = = = =

 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 09/08/2022
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T7578648
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