A Tricotar a Sorte
Nem todas as cartas jogo na mesa,
Nem todos os ais na face exponho.
Se acordo o mundo fico indefesa,
No silêncio fortaleço os sonhos.
A língua sai a frente a tricotar a sorte.
Dar ponto sem nó estraga os planos,
O que tem que ser no fim da noite
Não pode ser no fim dos anos.
A certeza a muito senta a mesa,
Come e bebe em minha defesa,
Calcular trás soma e subtrai erros.
Divide a culpa, multiplica desejos.