O que houve contigo?
Amo-te, acaso ignoras?
Perdeste então o senso,
esqueceste então os versos,
fugiu de ti o sonho?
Acorda então amor,
procura-me que ao teu lado
ainda estou, ainda.
Mas a tarde já é finda
e vem a noite, na qual me esconderei,
sim, partirei,
obedeço aos teus ditames,
mas digo-lhe, acho-os infames,
mas me consolo,
não fico além da hora,
e vou-me agora,
mas fico ainda,
pra sempre hei de ficar,
como semente,
latente.
Adeus, então, e até sempre.