BOA NOITE! (Nos escuros da noite)
São tantos
escuros,
que nem ao menos
consigo me achar.
Apalpando
o abstrato,
camuflado
de concreto.
Tateando
luzes imaginárias.
Encardindo-me de breu.
São tantos
negrores,
que de tantos
que são,
só me resta
acender
as luzes do dormir,
e ascender
à escuridão
que me faz apagar.