A Varanda Abandonada 

 

No silêncio da noite acordo as horas

O coração sente os pingos das chuvas

Desejos visitam a varanda abandonada

São vorazes viajantes que vêm do nada.

 

No silêncio da noite desperto as dores

Acordo as passadas do passado sem flores,

O dedo toca a ferida que ainda está aberta

O ponteiro do relógio alarma e me aperta.

 

O suor borbulha e a respiração fica ofegante

O sono não chega e rolo na cama diante

Do nada, a recapitular tudo ao ponto de sentir

O que não quero vivenciar mais enquanto existir.