Bússola 

 

Abraço o cais da minha alma cimo.

Nela vislumbro uma grande calmaria,

A chegada e a partida da alegria,

Dignamente me ponho calmo.

 

Vai na proa e no vai e vem do vento

O gosto do sal atrelado ao doce do tempo

A força me tira do cais sou fermento

A tempestade da madrugada deixou-me limpo.

 

Abraço o cais da minha alma inóspita,

A bússola segue um destino desgovernado

As velhas mãos de um marinheiro surrado 

Não desiste do rumo de chegar ao cais nauta.