LÁGRIMA
Encontrei-me com a lágrima,
estava a me esperar,
paciente,
na fresta de uma
alegria vazia,
frontaria da
ilusão mal resolvida,
o gozo fútil da festa,
sem a sabedoria da espera,
Momentos
apenas se
acumulavam,
acotovelando-se
em desaprendizagens.
Não entendia
o necessário didatismo,
vivia só camuflado de viver
Então ela veio,
e face ao
ocorrido,
escorreu
pela face
árida,
ávida,
inundou
meus olhos,
desagou na'lma,
e seus óleos
lubrificaram
as engrenagens
do coração.
Pude
finalmente
perceber
o sinônimo
impresso no léxico
da existência.
A lágrima
não era,
essencialmente,
porta-voz
da tristeza,
era
a anunciadora
da renovação,
a terapêutica
revolução
dos sentimentos,
na busca
da resiliência,
ou de uma nova
residência
para habitarmos
a verdade,
e o viver.
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