VERSOS DA SEMANA - ÚLTIMOS
LEIAM... MAS LEIAM COM SABEDORIA... O Poeta é um mensageiro... Eu sei que alguns desse Recanto, visitam minha página, mas não se identificam por motivos alheios a minha vontade, porém, me rondam... Jesus também nos ronda e nos ensina a perdoar setenta e sete vezes!”
Não sou nenhum regente...
Sou apenas, na parte orquestral,
Sem instrumento conveniente
Tocando... Tocando muito mal!
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“Dualismo”
“Olavo Bilac”
“Não és bom, nem és mau: és triste e humano...
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se, a arder, no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal, padeces;
E, rolando num vórtice vesano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas das virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E, no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora”
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Interagindo com o Ilustre Poeta OLAVO B.M. DOS G. BILAC
(I) DUAS FERAS
Solano Brum
A Verdade e a Mentira... Atreladas,
Duas feras que rugem num mesmo ser.
Uma, o leva a uma estrada iluminada;
A outra, pelo breu, nada o deixa ver!
Digladiam-se numa Corte afamada
Cuja sentença se decreta por merecer!
Uma, ditada a Pilatos na hora errada;
Outra, induzindo-o ao erro no proceder!
Uma, tem pernas curtas; “Diz o ditado”
A outra, alcançando-a ladeira abaixo
Recebe os louros por haver vencido...
E no rugir dessas feras, transtornado,
- Oh! Vulnerável ser! – eu me encaixo,
Pelo simples motivo de ter nascido.
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SEGUNDA INTERAÇÃO COM O POETA DAS ESTRELAS.
(II) DUAS FORÇAS
Solano Brum
Nesta vida - Complexa e mal traçada-
O dualismo, por ser fatal, assume
O destino... É tudo e parece um nada
Mas, um nada que a tudo assume.
Eu li a trova deixada num tapume (*)
Na qual, o autor, com a alma elevada,
Menciona ser a "Treva e o Lune"
Caminhos ao ápice ou a derrocada!
A ditar as mentiras e as verdades,
Anjo e demônio (individualistas),
Provocam, certezas é falsidades!
E eu vejo em tudo - pobre coitado -,
Numa vereda de seixos e ametistas,
Um homem livre, mas, acorrentado.
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Poesia publicada no Recanto das Letras, pag 13, em 09/01/2017.
R E P U B L I C A C A O
(*) NO TAPUME
NA vida há dois precipício,
Gerando tristeza e desgraça.
um, o triste caminho dos vicios,
O outro, o desamor entre as raças.
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Está Trova foi escrita no tapume quando da construção do metrô, no RJ, na Cinelandia, ao lado do Teatro Municipal. Detalhe: NAO SEI QUEM A ESCREVEU, infelizmente.
(III) DUALIDADE
Solano Brum
Rimas sensuais e românticas
Agradam-me, mas, com cautela...
Nem sempre as palavras lúbricas
Brilham mais que qualquer estrela!
O sensual, com força de expressão
Lírica, que vem da alma, não afeta...
E o romântico, que traz a inspiração,
Explode em beleza na verve do Poeta!
Como trilhos, seguem, lado a lado,
- Uma, mirando outra, - paralelos,
Unidos, apenas pela óptica da visão!
Ah! Versos cantados pelo Bardo!
Românticos ou sensuais... São belos...
Tema da Ata do Banquete de Platão!
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(IV) DUPLICIDADE
Solano Brum
Nem sempre é comigo que você fica...
- O corpo é seu e é você quem manda!
Mas, bom seria se, ouvisses essa dica:
Não confies nessa fila que muito anda!
Nem sempre esse triângulo gratifica;
Algumas vezes, o mingau desanda!
Saibas que, se o tempo a tudo modifica,
Sai da dança quem tropeça na ciranda!
Não confies nesses dotes dos encantos,
Nem traves uma batalha nas paixões...
Escolhas vãs levar-te-ão aos prantos!
Seu ato de duplicidade, só me faz crer
Que, não respeitas a nenhum dos corações
Com quem repartes seu corpo de mulher!
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(V) DUAS MULHERES
Solano Brum
Uma linda mulher entrou na minha vida
E eu a amei! Ao sair, deixou-me a tristeza!
Se o provérbio diz: Beleza não se à mesa,
Por beijá-la, não tenho a boca arrependida!
Outra, não tão linda, entrou na minha vida
E muito fez para pôr fim à minha tristeza!
E eu a amei! Ao sair, o argumento de defesa
Foi haver curado, com beijos, minha ferida!
A uma, minha boca beijou incansavelmente,
Como água que se bebe sem jamais se saciar;
A outra, seus beijos fizeram-me acreditar...
Por quem eu choro, então, como um demente?
À que, a minha boca não vive arrependida
Ou a quem, com beijos, curara minha ferida?
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Republicação.
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Obrigado Poeta, é sempre uma honra tê-lo em minha página. Sua Interação é valiosíssima.
TROVA
Poeta Olavo
Escute bem meu caro amigo
Quando voltares de Muriqui
Quero-te de novo neste abrigo
Soltando mais versos por aqui."
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Do meu Ilustre Poeta, que sempre me honra com sua linda Interação. Parabéns Poeta.
ESPELHO MÁGICO
Jacó Filho
Vi-me no espelho, pra entender a dor,
Quem sabe encontrar nova estratégia...
Diante de provas que vencidas a rigor...
Vai me libertando do jugo da matéria,
Já que o espírito desde que encarnou,
Usa razão e instintos contra a miséria.
Vi-me no espelho, pra entender a dor,
Quem sabe encontrar nova estratégia...
Vinda com a luz e inspirações etéreas
Gerando virtudes, sabedorias e amor.
Que ao recebê-las do plano das ideias
Vi-me no espelho, pra entender a dor,
Quem sabe encontrar nova estratégia...
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Recebo a belíssima Interação do Poeta e sem saber como agradecer, digo apenas que, com sua Interação, a página ficou mais bela. Parabéns!
SER POETA (alusão a Bilac)
Herculano Alencar
Ser poeta não é ouvir estrela,
Mas entendê-la tão completamente,
A ponto de sentir que ela sente,
Que realmente se possa entendê-la.
Por que estrelas sabem que a gente
-Seres viventes do mundo da lua -
Vive do sonho que outro cultua,
Tornando esse sonho permanente.
O ser poeta, então, penitente,
Que é humano por puro acidente,
Acende estrelas com a poesia.
Finge que ouve, mas não houve nada!
Poeta é uma estrela apagada,
Que qualquer um pode acender um dia.
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Ao Ilustre Poeta, UM POETA ARMENGADOR DE VERSOS, o meu agradecimento, de coração, pela bela Interação.
VERDADES E MENTIRAS
UM PIAUENSE A V
Não sou eu da verdade proprietário
Nem jogo com a mentira carteado,
As duas andam sempre lado a lado,
E povoam o nosso imaginário.
Quem se apaga à mentira é um otario,
Pensa que leva o mundo enganado,
No entanto, ele se faz ludibriado
E termina em si mesmo solitário.
"Que seja o teu sim, sim e o teu não, não,
Para que não seja tua palavra em vão,
Rasgada ao vento igual a trapos em tiras.
"Cansa-te repetir a crua verdade?"
Então tua fala é índole há de Afeicoar-se sempre a mentira.
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Peço perdão pelo vocábulo " afeicoar-se" no celular, sem o cedilha.