A vida sem Corrimão
O coração cansado pulsa devagar
A vida sem rítmica me faz levitar
O terreno íngreme me deixa a girar
Sinto-me zonza de tanto pensar.
Meu ser confuso desfaz os sentidos
São sentimentos desconexos e contidos.
Esbarra em mim várias formas de amar
Nenhuma delas me faz repousar.
Estou sem morada que sirva de abrigo
Está sem horizonte minh'alma comigo
Não encontro o destino nas ruas claras
E nenhuma saída nas estradas parvas.
Quem me dera poder voejar pela vida
Do passado longínquo onde fui parida
Achar a porta larga, iluminada, ainda
E saber o verdadeiro motivo da vinda.