Prosas e Cantos
Não dorme o meu ser na linha do medo
Nem deito meu dorso em cama de prego
Doce é o mel, de boa safra, a tirar o amargo
Lambuzei todo corpo desse melado.
Hoje comi jiló e não me fiz de rogada
Nem todo dia nasce o sol nem a lua amada
Fiquei em cima do muro em muitas ocasiões
Aprendi a equilibrar as fortes emoções.
Espaçoso e quente é o ventre do mundo
E dele nasci só e pronta pra desatar o nó dado
Vou pela vida com a boca cheia de encantos
A Terra me chama com prosas e cantos.