Em lugar da borracha rodas de aço,

no centro do círculo que sustenta o peso,

gira o compasso de densa madeira,

profundas marcas no solo

enquanto transporta a sorte  

de curvas abertas

traça a meta fazendo o Norte.

estrada sem beira, abismo do nada, nesse destino

abate o fraco, mãos criminosas em desatino

Obediente no estalar do chicote.

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o pecado do homem, de posse das rédeas

maltrata a vítima

as solapadas exigindo pressa com      xingamentos

a trabalhar.

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Lá vai a carroça, rodando nas trilhas

na frente o cavalo, tração animal.

A vida na roça

começa cedinho,

alerta e sacode pelos colarinhos

  já é hora de trabalhar.

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o relógio, opera da vida,

tenor dramático arrepia o cantar.

Veículo rude, feito em madeira de rodas pesada

no trato do gado costumeira,

a vida no campo, dura labuta, para o animal

sofrimento  dia a dia até findar a vida.

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04/07/2022/a herrero/***

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 04/07/2022
Reeditado em 05/07/2022
Código do texto: T7551978
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