Guarapari
Deito o meu tronco no tronco do Guarapari
Conto no rosário os dias de riacho ao pari
Sede da vida entre flores vivas a ver ressurgir
Um bocado de terra solta entre os dedos ungir.
Dentro das entranhas brotam cores, águas-vivas,
Lodos, ripas, pau de jangada, folhas mortas nas bicas.
Corre nas ribanceiras meu coração agoniado
A Viver de alambique, alambrado e muito brado.
O coração se mistura as correntezas silvestres,
Das dunas e dos arados, das enseadas do sudeste,
Amarrado ao berço a acordar a floresta,
Meu ser andarilho invade a natureza em festa.